Uma importante característica da sociedade feudal era seu caráter estamental, isto é, a condição de um indivíduo era determinada pelo seu nascimento. Assim, quem nascia nobre, nobre sempre seria e quem servo nascia servo morreria. Não havia possibilidade de ascensão social.
No topo da hierarquia social estavam os senhores feudais, os proprietários das terras e dos meios de produção (ferramentas, sementes, arados, moinhos, etc.). Os senhores feudais viviam com suas famílias em casas fortificadas. Nas regiões mais ricas, os nobres habitavam em castelos.
Na base da sociedade feudal estava o povo, identificados como servos, representavam aproximadamente 98% da população de um feudo. Os servos viviam nas terras do senhor e a ele deviam uma série de serviços como a corveia, a talha e as banalidades. Na corveia o servo ficava obrigado a trabalhar nas terras do nobre por alguns dias da semana. Já na talha, o camponês ficava obrigado a entregar ao senhor feudal parte de sua produção. Por fim nas banalidades o servo era obrigado a pagar pela utilização do moinho, do forno e demais utensílios pertencentes ao senhor.
Outra classe social existente no feudo era o clero, os membros da Igreja. Os clérigos eram os responsáveis pela transmissão religiosa e cultural. Também eram os responsáveis pelas leis, que nesta época eram transmitidas pela interpretação religiosa. Isto tudo garantia ao clero a responsabilidade pelo caráter moral da sociedade. E, não por acaso, que foi neste período que a Igreja Católica se transformou na mais poderosa instituição da Idade Média. O domínio da Igreja foi garantido por ela ser a única com acesso ao saber. Afinal, somente os membros do clero podiam ser instruídos de educação e, consequentemente, eram os poucos que sabiam ler e escrever. O clero era sustentado pelos dízimos entregues à Igreja.
A definição do bispo Adalberon de León para a sociedade medieval reflete muito bem o pensamento da época, pois para o bispo “na sociedade feudal o papel de alguns é rezar, de outros é guerrear e de outros trabalhar”. Para a Igreja medieval, cada indivíduo tinha um importante papel na sociedade, por isso, deveria executar a sua função com zelo e gratidão como se estivesse trabalhando para o próprio Deus. Com isso, a Igreja garantia a manutenção da sociedade tal e qual ela era.

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Aulas em sequência:
A Formação do Mundo Medieval / Os Bárbaros e o Reino dos Francos / O Império de Carlos Magno / O Feudalismo / A Sociedade Feudal