Quadro retratando o momento em que o papa Leão III coroou Carlos Magno como imperador do Sacro Império Romano, natal do ano 800.

Sala de Aula - História Medieval - Alta Idade Média

OS FRANCOS E O IMPÉRIO DE CARLOS MAGNO

Marcos Emílio Ekman Faber

Carlos Magno, filho de Pepino, herdou o trono dos francos após a morte do pai, em 768. Por meio da guerra, o novo monarca inicia um período de conquista de territórios. Sendo durante o reinado de Magno que o Reino dos Francos alcançou sua maior extensão territorial.

No ano 773, Carlos Magno derrotou o rei da Lombardia, recebendo a coroa de ferro da Lombardia. Ainda no campo de batalha, Magno conquistou a Bavária e a Saxônia, tornando o Reino dos Francos o maior império da Europa desde o Roma.

No natal do ano 800, Carlos Magno foi coroado imperador pelo papa Leão III. Este feito origina o Sacro Império Romano. A intenção da igreja era reunificar a Europa debaixo de sua influência espiritual.

Conforme expandiu os territórios imperiais, a administração e a proteção se tornaram mais dispendiosas e cara. Para tornar a administração mais eficaz, Carlos Magno dividiu o território em condados, marcas e ducados (espécies de províncias). Cada uma das regiões passou a ser administrada por um servo de confiança do imperador.

Os condados e ducados eram administrados respectivamente por condes e duques. Já as marcas, regiões que literalmente “marcavam” as fronteiras do Império, eram administradas pelos marqueses, geralmente líderes militares. Nasciam assim os títulos de nobreza.

Os administradores tinham poder quase que completo sobre as regiões que governavam. Entretanto, Magno enviava representantes responsáveis pela fiscalização dos territórios.

Outra medida que visava combater rebeliões nos condados foi a adaptação das relações de vassalagem germânicas aos condados e marcas. Assim, cada indivíduo estava ligado ao seu senhor por meio de juramentos de dependência e fidelidade. Prática que se tornaria muito comum nos séculos seguintes.


Mesmo que não tenha sido a intenção original, o fato é que os títulos de nobreza se tornaram hereditários. Mais importante do que ser alguém, era ser filho de alguém importante (eram os fidalgos, literalmente, os filho de alguém). Acima tirinha do cartunista Scabini (quadrinhosdehistoria.com).

Também cabe destacar que Carlos Magno foi um grande investidor nas áreas da arte e da educação. Sendo que este período ficou conhecido como o Renascimento Carolíngio.

O reinado de Carlos Magno somente chegou ao fim no ano 814, com morte do imperador. Luís, filho de Margno, tornou-se o monarca. Porém, o império ficou enfraquecido.

No ano 843 é assinado o Tratado de Verdum que estabeleceu a divisão do Sacro Império Romano entre os três filhos de Luís: Lotário, Carlos o Calvo e Luís o Germânico.

A divisão favoreceu a descentralização do poder. Com isso, os nobres e dos senhores locais tiveram seu poder ampliado consideravelmente. Isso tudo associado aos ataques dos vikings levou ao enfraquecimento dos imperadores.

 

 

 

 

Retrato cheio de simbolismos. Carlos Magno segura na não direita uma espada como símbolo de seu poder temporal (político) e na mão esquerda segura um globo com uma cruz, numa representação de poder espiritual (religioso) sobre o mundo cristão Ocidental. Tudo na pintura representa a aliança entre os francos e a Igreja Católica.

 

Carlos Magno. Quadro de Albrecht Dürer (1512).

Aulas em sequência:

A Formação do Mundo Medieval / Os Bárbaros e o Reino dos Francos / O Império de Carlos Magno / O Feudalismo / Sociedade Feudal




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Pintura de época: coroação de Carlos Magno.
 

Batalha medieval representada por bonecos da marca alemã Schleich (Museu de Brinquedo).
 
Vídeo: Os Carolíngios Parte 1 de 2 (11:05) As Grandes Civilizações - TV Escola.
 
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Coroa utilizada por Carlos Magno.
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Mapa do Império de Carlos Magno (amplia)
Carlos Magno.
Em latim, magno significa grande.
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