A partir do século XIII, as cidades pouco a
pouco tomaram o lugar do campo em importância
e riqueza. As cidades controlavam as trocas dos produtos
do campo, eram centros comerciais. Os moradores das
cidades especializaram-se no comércio e na manufatura
de bens, principalmente o tecido, artigo que encontrava
grande procura pelos camponeses.
Nas cidades a riqueza não estava na posse da
terra (como acontecia no feudalismo), mas no acúmulo de ouro e prata. Se no
campo os camponeses eram servos sem direitos, nas cidades
surgiram novas alternativas de trabalho.
A produção
artesanal se desenvolveu amplamente, principalmente
a manufatura têxtil. Os donos das manufaturas
eram conhecidos por mestres de ofício, eram os
donos das oficinas e dos instrumentos de trabalho. Com
eles trabalhavam jovens aprendizes (iniciavam com 10
ou 12 anos), o objetivo dos jovens era o de aprender
o ofício para, no futuro, ter uma profissão,
muitos trabalhavam em troca de comida e moradia. Nestes
locais também trabalhavam os jornaleiros, estes
recebiam de acordo com a produção que
realizavam e somente trabalhavam quando a capacidade
normal do ofício era ultrapassada.
Os donos dos ofícios em comum formavam as Corporações
de Ofício que controlavam a qualidade e o preço
dos produtos. Porém, nesta época a produção
era bastante pequena.
O cresciento das cidades em tamanho e importância criou também novas necessidades. O grande aumento da população fez com que os moradores das cidades, agora com hábitos diferentes daqueles que tinham no campo, desejassem mudanças sociais. Era o surgimento do Renascimento Cultural.