O Imperialismo
O interesse dos imperialistas era de controlar as fontes
de matérias-primas (petróleo, carvão,
minérios, etc.). Fato que acirrou as diferenças
entre a indústria formada pelos cartéis
e a indústria independente.
Outro fator determinante para o surgimento do capitalismo
imperialista foi o que diz respeito ao monopólio
bancário.
Os bancos, inicialmente empresas intermediárias
(que faziam intermediação entre a indústria
e o comércio), tornaram-se monopolistas do capital
financeiro (dinheiro) disponível.
Também é importante entendermos que o
monopólio teve origem no colonialismo. Ao conquistar
um novo território, as nações imperialistas
(Inglaterra, França, Alemanha, Rússia,
EUA e Japão) pretendiam ter o controle total
das matérias primas e do comércio da região
conquistada.
Porém, a criação desta estrutura
de controle comercial e industrial pôs fim à
livre concorrência, surgindo assim, o monopólio.
Os monopólios possuem uma tendência natural
para a dominação, portanto, puseram fim
na liberdade de mercado. As nações ricas
– Inglaterra, França, Alemanha, EUA e Japão – dominaram e exploraram um número cada vez maior
de nações pequenas. Esses fatores determinaram
o surgimento do imperialismo.
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Cartéis mascaram ou eliminam a Livre Concorrência. Ao lado cervejas controladas pela AMBEV. |
Os Cartéis e os Trustes
Os cartéis, formados pelas principais indústrias
e bancos das nações ricas, repartiram
os mercados entre si, passando a determinar o que, quanto,
quando e quem deve fabricar. Fixando preços e
repartindo os lucros entre suas empresas.
Alguns cartéis chegavam a dominar de 70% a 80%
da produção de determinados produtos.
A superioridade dos trustes em comparação
às empresas independentes se fazia clara na grande
diferença tecnológica. Enquanto a maior
parte das indústrias independentes possuía
maquinários rudimentares, os cartéis iam
aprimorando cada vez mais sua produção,
substituindo gradualmente a produção manufatureira
(feita à mão) pela produção
mecânica.
Estas diferenças foram caracterizando os anos
que se passaram. A concorrência foi gradualmente
se transformando em monopólio.
Os trustes e os cartéis passaram a controlar
as principais jazidas de minérios e matérias-primas
do mundo (principalmente na Ásia, na África
e na América). A partir disso passaram a dominar
a distribuição destes materiais, assim
como controlavam a industrialização dos
produtos oriundos destas matérias-primas.
O controle das grandes indústrias se refletiu
no monopólio das matérias-primas e da
mão-de-obra (através de acordos com os
sindicatos). Os trustes e cartéis controlavam
os meios de transporte e determinavam o fechamento de
mercados que não interessavam mais. Também
criaram políticas de baixa de preços para
eliminar com a concorrência independente (que
não fazia parte dos trustes/cartéis).
Não se trata mais de livre concorrência,
mas de extermínio daqueles que não se
submetem aos cartéis.
Conclusão
É inegável o avanço tecnológico
proporcionado pelo desenvolvimento de uma indústria
potente como a surgida a partir das políticas
imperialistas. Porém, estas políticas
resultaram numa desigualdade econômica como nunca
antes fora vista. As diferenças entre as nações
ricas do G-8 atual (EUA, Canadá, França,
Inglaterra, Alemanha, Itália, Japão e
Rússia) e as nações do chamado
Terceiro Mundo são gritantes. Aquilo que foi
semeado naquela época nos traz reflexos negativos
até os nossos dias. Como por exemplo: os problemas
ecológicos (desmatamento, poluição,
etc.) e de má distribuição de renda,
são reflexos destas políticas.
Também devemos lembrar que a natureza é
uma criação divina e, portanto, não
pertence a uma única pessoa ou a um único
grupo e que ao homem coube o papel de administrar esta
natureza de forma que não a elimine, mas que
zele por ela, preservando-a e conservando-a.