A indústria necessita de grandes reservas de matérias-primas. Acima, charge "Tio San e a dependência pelo petróleo".

Sala de Aula - História Contemporânea - Século XIX

AS RAÍZES DO IMPERIALISMO
O que é imperialismo

Marcos Emílio Ekman Faber

As raízes do imperialismo estão no século XIX, mas seu auge se encontra no inicio do século XX. O imperialismo representou a ação das grandes potências mundiais de sua época (Inglaterra, França, Alemanha, Rússia, EUA e Japão) sobre as regiões menos desenvolvidas (Ásia, África e América) com a finalidade de controlar o mercado e a economia destas regiões.

O Imperialismo

O interesse dos imperialistas era de controlar as fontes de matérias-primas (petróleo, carvão, minérios, etc.). Fato que acirrou as diferenças entre a indústria formada pelos cartéis e a indústria independente.

Outro fator determinante para o surgimento do capitalismo imperialista foi o que diz respeito ao monopólio bancário.

Os bancos, inicialmente empresas intermediárias (que faziam intermediação entre a indústria e o comércio), tornaram-se monopolistas do capital financeiro (dinheiro) disponível.

Também é importante entendermos que o monopólio teve origem no colonialismo. Ao conquistar um novo território, as nações imperialistas (Inglaterra, França, Alemanha, Rússia, EUA e Japão) pretendiam ter o controle total das matérias primas e do comércio da região conquistada.

Porém, a criação desta estrutura de controle comercial e industrial pôs fim à livre concorrência, surgindo assim, o monopólio. Os monopólios possuem uma tendência natural para a dominação, portanto, puseram fim na liberdade de mercado. As nações ricas – Inglaterra, França, Alemanha, EUA e Japão – dominaram e exploraram um número cada vez maior de nações pequenas. Esses fatores determinaram o surgimento do imperialismo.

  Cartéis mascaram ou eliminam a Livre Concorrência. Ao lado cervejas controladas pela AMBEV.

Os Cartéis e os Trustes

Os cartéis, formados pelas principais indústrias e bancos das nações ricas, repartiram os mercados entre si, passando a determinar o que, quanto, quando e quem deve fabricar. Fixando preços e repartindo os lucros entre suas empresas.

Alguns cartéis chegavam a dominar de 70% a 80% da produção de determinados produtos. A superioridade dos trustes em comparação às empresas independentes se fazia clara na grande diferença tecnológica. Enquanto a maior parte das indústrias independentes possuía maquinários rudimentares, os cartéis iam aprimorando cada vez mais sua produção, substituindo gradualmente a produção manufatureira (feita à mão) pela produção mecânica.

Estas diferenças foram caracterizando os anos que se passaram. A concorrência foi gradualmente se transformando em monopólio.

Os trustes e os cartéis passaram a controlar as principais jazidas de minérios e matérias-primas do mundo (principalmente na Ásia, na África e na América). A partir disso passaram a dominar a distribuição destes materiais, assim como controlavam a industrialização dos produtos oriundos destas matérias-primas.

O controle das grandes indústrias se refletiu no monopólio das matérias-primas e da mão-de-obra (através de acordos com os sindicatos). Os trustes e cartéis controlavam os meios de transporte e determinavam o fechamento de mercados que não interessavam mais. Também criaram políticas de baixa de preços para eliminar com a concorrência independente (que não fazia parte dos trustes/cartéis). Não se trata mais de livre concorrência, mas de extermínio daqueles que não se submetem aos cartéis.

Conclusão

É inegável o avanço tecnológico proporcionado pelo desenvolvimento de uma indústria potente como a surgida a partir das políticas imperialistas. Porém, estas políticas resultaram numa desigualdade econômica como nunca antes fora vista. As diferenças entre as nações ricas do G-8 atual (EUA, Canadá, França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Japão e Rússia) e as nações do chamado Terceiro Mundo são gritantes. Aquilo que foi semeado naquela época nos traz reflexos negativos até os nossos dias. Como por exemplo: os problemas ecológicos (desmatamento, poluição, etc.) e de má distribuição de renda, são reflexos destas políticas.

Também devemos lembrar que a natureza é uma criação divina e, portanto, não pertence a uma única pessoa ou a um único grupo e que ao homem coube o papel de administrar esta natureza de forma que não a elimine, mas que zele por ela, preservando-a e conservando-a.


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Conquista e enriquecimento a qualquer
preço são as marcas do imperialismo.
 

Imperialismo - Parte 1 - O que é Imperialismo (8:32) Telecurso Ensino Médio


Imperialismo - Parte 2 - O Imperialismo Inglês (6:31) Telecurso Ensino Médio
 
O imperialismo representou a ação das grandes potências mundiais (Alemanha, Inglaterra, França, Japão, EUA, Rússia) sobre as regiões menos desenvolvidas (Ásia, África e América) com a finalidade de controlar o mercado e a economia destas regiões.
 
Entre os objetivos imperialistas nas regiões que dominam está a transferência das reservas naturais (matérias-primas).
 
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No cracha (clique na imagem para ampliá-la) está escrito "imperialismo". O imperialismo dos Estados Unidos da América é uma prática que independe do governante e do partido que lá está. Portanto, existe diferença entre Bush e Obama? ou entre os partidos Republicano e Democrata?
 
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