O período que compreende o inicio da Primeira e o fim da Segunda Guerra ficaram caracterizados pela ascensão dos Estados Unidos da América como uma grande potência econômica e militar. Mas não somente isso, os estadunidense passaram a influenciar a cultura mundial com seus ícones pop. Acima, quadrinho do Capitão América socando o rosto de Adolf Hitler.

Sala de Aula - História Contemporânea - Entre Guerras

O ENTRE GUERRAS: O AMERICAN WAY OF LIFE E A CRISE DE 1929

Marcos Emílio Ekman Faber

As definições pós Primeira Guerra Mundial, especialmente o Tratado de Versalhes, fizeram com que as rivalidades anteriores à guerra se mantivessem acesas. E, no caso alemão, radicalizam-se.

Mas foi também este o período em que os Estados Unidos da América (EUA) se tornaram uma potência mundial. A prosperidade estadunidense possibilitou ao país exportar produtos agrícolas e industrializados para toda a Europa, garantindo grandes lucros ao país.

Entretanto, os EUA não exportaram apenas produtos agrícolas e industrializados à Europa e ao restante do planeta. A cultura norte-americana também passou a impregnar as outras nações. Principalmente por meio da literatura, do cinema e da música, os Estados Unidos souberam, como nenhum outro país, aproveitar-se da lacuna de poder aberta pela crise europeia do pós-guerra. Com isso, os norte-americanos passaram a exportar seu modo de vida, o “american way of life” (estilo de vida americano), onde as famílias do país alcançavam a felicidade por meio do consumo de produtos industrializados (rádios, eletrodomésticos, aspirador de pó, comida enlatada, carro próprio, etc.).

Mas mais importante ainda, foi a exportação do modelo de “self made man” (homem que se faz sozinho), ou seja, aquele homem que através de seu trabalho deixava a pobreza para se tornar num rico empresário.

Porém, a Era de Ouro estadunidense chegou ao fim em outubro de 1929 com a Crise da Bolsa de Nova Iorque.

A Crise de 29 ou a Crise da Bolsa de Nova Iorque

No dia 24 de outubro de 1929, milhares de investidores perderam, da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. A quebra na bolsa de valores acentuou drasticamente os efeitos da recessão que vinha se arrastando por todo aquele ano, causando grande inflação e queda nas taxas de venda de produtos.

A diminuição das vendas de produtos industrializados levou ao fechamento de inúmeras fábricas e lojas, levando ao desemprego milhares de trabalhadores.

A Crise de 1929 é considerada a maior crise da história econômica do capitalismo.

A gravidade da crise obrigou o governo norte-americano a intervir na econômia, algo que contradizia a própria lógica do liberalismo econômico.

A Crise de 29 na Europa

A Crise de 29 se desenvolveu em cadeia, afetando toda a economia mundial. Quando chegou à Europa, a crise foi muito sentida em todos os países, especilamente na Alemanha, que passava por uma fase de reconstrução político-econômica após a derrota na Primeira Guerra Mundial.

As medidas para superação da crise foram distintas de país para país, mas a grande amioria dos governos optou péla intervenção do Estado na econômia.

Países como Alemanha, Itália, Espanha e Portugal, cujas economias foram em muito afetadas, optaram por um modelo autoritário de governo como forma de superação da crise.

Com isso, partidos de extrema direita aproveitaram-se para ascenderem ao poder nestas nações. Tais como os fascistas na Itália (liderados por Benito Mussolini) e os nazistas na Alemanha (liderados por Adolf Hitler).

Medidas Anti-crise: O New Deal

Eleito presidente dos Estado Unidos em 1932, Franklin Delano Roosevelt iniciou seu mandato lançando um plano de contenção da crise: O New Deal.

O New Deal previa uma saída rápida da crise, para isso estabeleceu:

  • Estado controlando a economia;
  • Controle dos preços pelo governo;
  • Criação de postos de trabalho;
  • Concessão de empréstimos;
  • Aumento da oferta de emprego em obras financiadas pelo governo;
  • Salário mínimo e limite da jornada de trabalho.

Inspirado nas ideias do economista John Maynard Keynes, o New Deal definia que o Estado deveria ser um regulador da sociedade, principalmente em questões sócio-econômicas. Com isso, Roosevelt criou as bases do Welfare State ou Estado de Bem-Estar Social, modelo que seria implantado em vários outros países europeus.

 


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A prosperidade das famílias americanas representado pelo alto consulmo da classe média.
 

Vídeo: Discurso de Hitler - Jgend (5:26) legendado.
 
Publicidade dos anos 1920. Modelo de sociedade de consumo que se mantém até hoje.
 

Fila de pessoas desempregadas em Nova York, 1929. Curiosamente no fundo existe uma placa de publicidade de uma feliz família "American way of life" passeando num automóvel novo. Crise vs. consumo.
Roosevelt e o anúncio radiofônico das medidas do New Deal.
 
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