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TEORIAS DO FUTEBOL (2): O MITO DE HÉRCULES E AS OITO FACES DE UM FUTEBOLISTA

Marcos Emílio Ekman Faber
Porto Alegre, 30 de maio de 2011.

A história do lendário Hércules nos traz uma série de contos mitológicos, dos quais, se destacam os famosos 12 Trabalhos de Hércules. Nas 12 aventuras, o herói grego enfrenta uma série de desafios humanamente impossíveis de serem vencidos. Somente Hércules, um semideus, conseguiria completá-los.

Este fantástico mito nos permite compreender que o herói grego, em cada um dos trabalhos realizados, demonstra dominar cada uma das várias faces da personalidade que um herói deve ter. Hércules, segundo a tradição grega, mostrou ser sábio, objetivo, forte, astuto, perspicaz e persistente. Por isso venceu os 12 obstáculos que lhe foram impostos

Como no exemplo de Hércules, um jogador de futebol também necessita dominar uma série de faces de sua personalidade para ser um bom futebolista. Não adianta ter habilidade com a bola se não houver objetividade. Assim como não resolve ter objetividade se não existir técnica. Por isso, dominar as 8 faces da personalidade de um futebolista é essencial para que um jogador de futebol realmente seja um craque

As oito faces da personalidade de um futebolista são: sabedoria, habilidade, técnica, domínio próprio, sujeição à autoridade, objetividade, condicionamento físico e raça.

A primeira dela, a sabedoria é indispensável. Sei que qualquer conhecedor do futebol poderá citar uma grande quantidade de grandes jogadores de futebol que não se caracterizavam exatamente por serem grandes sábios. Mas também não podemos deixar de lembrar que um outro cem número de futebolistas se destacaram exatamente por esse motivo. Sem sabedoria, sequer é possível executar bem qualquer das outras características de um futebolista.

A segunda característica é a habilidade. Acredito que todas as pessoas possuem certas habilidades natas para realizarem determinadas coisas. Um futebolista necessita ter habilidades naturais para a execução de sua profissão, ou seja, jogar bola. Mas ter habilidade não garante sozinha ao jogador de futebol ser um grande craque.

A terceira face, a técnica, vem com o aperfeiçoamento da habilidade. Neste sentido a sabedoria auxilia no aperfeiçoamento e no desenvolvimento da técnica, o que amplia consideravelmente a habilidade de um futebolista.

O domínio próprio, quarta questão, é a que determina aqueles que se tornarão vencedores dos que não saberão ultrapassar o nervosismo e as provocações dos adversários, coisas normais em qualquer área de atuação.

A quinta, sujeição às autoridades, é necessária para que gere humildade e entendimento. Principalmente quando o futebolista acreditar-se acima do bem e do mal, ou seja, acreditar-se capaz de vencer sozinho qualquer adversidade. A sujeição às autoridades o segurará e o fará atentar para aquilo que lhe for ensinado por seus treinadores e preparadores.

A objetividade, sexta característica, se torna indispensável, pois não permite que o jogador de futebol se torne “firulento”, ou seja, não vire o jogador das jogadas desnecessárias. A objetividade fará com que o jogador busque o objetivo maior do futebol, que é maior do que o mérito pessoal, isto é, a vitória do time, a vitória do coletivo.

Condicionamento físico, sem a preparação adequada, física e mental, não existe o atleta, não existe o profissional.

E, por último, mas talvez a mais importante de todas, é a raça. Sem raça, sem determinação, sem desejo pela vitória não existe o craque, não existe o vencedor. O vencedor necessita de raça. Pois somente assim, não desistirá de seu objetivo e ampliará consideravelmente a habilidade que possui. Sua vontade de vencer o fará superar até mesmo os problemas de esgotamento físico que venha a enfrentar.

Deu para perceber que as faces da personalidade de um futebolista não se restringem a um jogador de futebol, mas a todas as pessoas e em todas as profissões. Se todos agirem desta forma (dominando as 8 faces da personalidade de um craque), seja em que profissão for, serão os melhores naquilo que fazem. Serão craques em suas profissões.

Experimente, se funcionou com Hércules, funcionará com todos nós.

Eu já comecei.

 

 
 

 

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